Diário de Bordo - Sérgio

 

10/10/2006

Hoje é o nosso aniversário de dez meses da viagem! Antonio e Rosangela ligaram logo cedo para nos convidar para passear na parte da tarde. Tomamos nosso café e fizemos diários. Fomos ao clube e ficamos na piscina descansando e brincando. Rosangela e Rodrigo (filho da Rosangela e do Antonio) nos pegaram no clube para nos levar para o norte. Eles trouxeram mais de 15 livros para as crianças! O Jonas e a Carol adoraram e começaram a ler os livros imediatamente. Atravessamos a balsa e seguimos pelas lindas praias ao lado das dunas. Fomos até um pouco antes de Genipabu e paramos o carro. Subimos numa duna onde faziam passeios de dromedário e havia sky-bunda. A vista era belíssima. As crianças andaram de sky-bunda, passeamos um pouco em cima das dunas e depois descemos para tomar um banho de mar na praia ao lado. Na volta, paramos no aquário da cidade, mas não entramos, pois achamos o preço abusivo e não havia desconto para crianças! Fomos para o clube, onde me entregaram um presente do Érico do Iate Clube: um livro escrito por ele. Tomamos banho e seguimos para o restaurante Mangai, passeando um pouco pela cidade. Quando chegamos, nos surpreendemos com o restaurante. Ele é muito bonito, todo decorado de forma regional. Muito moderno na comunicação entre os funcionários, vários deles com rádios e seus caixas com belos computadores. Logo chegaram o Márcio e o Antonio para jantar conosco. A comida é excelente, com muita coisa diferente e regional. Comi pernil de bode, carne de sol na nata, feijão verde, lasanha de macaxeira, macaxeira cozida, paçoca (que é carne picadinha misturada com farofa salgada) e outras coisas. Tomamos sucos de graviola e mangaba, deliciosos! A sobremesa foi bananas fritas cobertas com açúcar e achocolatado, para a qual eles dão o nome de cartola. O restaurante é por quilo e o preço é bem razoável, por isso está sempre cheio. Conversamos muito sobre vela e comemoramos nossos dez meses de travessia num ótimo lugar e com ótima companhia. Findo o jantar, Antonio nos levou de volta ao clube. Fomos para o barco e eu logo fui dormir, mas as crianças ficaram lendo os livros que ganharam até uma hora da manhã!

 

11/10/2006

Hoje tiramos o dia para colocar “a casa em ordem”. Ficamos o dia inteiro no clube atualizando todos os nossos diários, escritos e na internet. Fazer isso ao lado da piscina não se pode dizer que é totalmente “desagradável”. Entre um diário digitado e outro, tomávamos um banho para nos refrescar. Fiquei “quadrado” de tanto ficar sentado digitando. O pessoal do Tess desceu em terra e conversamos um pouco com eles. Deixamos nosso livro de visitas com o Tess para eles deixarem uma mensagem. Jantamos no clube e no final do dia, voltamos ao Fandango.

 

12/10/2006

Depois de um dia de muito trabalho, hoje é dia de passeio. O Antonio e Rosângela vieram nos buscar para conhecermos o maravilhoso litoral norte de Natal. Saímos do clube cedo e logo atravessamos a balsa para Redinha. Pegamos a estrada e nos dirigimos a Genipabu. Chegando lá, vimos porque a praia é tão famosa: é uma praia belíssima, com jangadas na areia, dunas ao fundo e recifes protegendo-a. Ela estava bem cheia e aproveitamos para tomar um coco gelado. Negociamos e, o coco que nos pediram dois reais cada, acabou saindo por um real. Após o coco, seguimos para a barra do rio Ceará-Mirim. Lá, fomos o carro foi atravessado por pequenas balsas sem motor onde cabe apenas um carro em cada e é movida com um tronco, que o balseiro “espeta” no fundo do rio e empurra a balsa. É muito interessante, mas dá um certo receio! De lá, seguimos para a linda praia de Graçandu, onde tomamos um banho. Conversamos bastante sobre Natal e sobre as diferenças entre o Rio Grande do Sul (terra natal de Antonio e Rô) e o Rio Grande do Norte. Após um gostoso banho de mar, seguimos para a Lagoa do Pitangui para tomarmos um banho de água doce. Essas lagoas são uma maravilha! Em Ilhabela, quando o dia fica muito quente, saímos da praia e vamos para as cachoeiras nos refrescar. Aqui, o correspondente de nossas cachoeiras são as deliciosas lagoas, com bares em sua beiradas e diversões aquáticas. Ficamos um bom tempo lá, dentro da água conversando com o simpático casal amigo e fora da água comendo pastéis. A vontade era continuar o resto do dia lá, mas ainda tínhamos mais o que ver. Fomos para a praia de Pitangui, onde várias piscinas naturais nos esperavam, pois a maré estava baixa. Andamos por lá, batemos fotos e descobrimos pequenos peixes coloridos dentro delas. Os recifes são muito bonitos nessa praia e dela avistávamos Genipabu ao longe. Estávamos com vontade de conhecer os sky-bundas que iam dar na água e então seguimos para o parque com sky-bunda e aero-bunda (tirolesa) de Jacumã. O parque é bem estruturado e foi muito bem aproveitado. Uma grande duna acaba num lago de água doce, onde fizeram uma pista de sky-bunda. Ao lado dela, outro lago e uma tirolesa grande. Para subir, no alto da duna há o chassi e motor de um fusca, em cujo eixo foi acoplado um cabo de aço que puxa um carrinho de madeira num trilho. Um “motorista” controla a subida e descida do improvisado “bondinho”. O Jonas e Carol desceram duas vezes no sky-bunda e uma no aero-bunda e curtiram bastante. Entramos na pequena lagoa e curtimos o final do dia naquela deliciosa água quente. De lá, ainda fomos na praia de Jacumã, antes do pôr-do-sol. Retornamos ao clube e lá encontramos com o Márcio, que havia ficado. Fomos todos jantar no Camarões, um excelente e caro restaurante local. O jantar foi ótimo e aproveitamos para eles deixarem uma mensagem em nosso livro de visitas. Fomos conhecer os chalés de nossos amigos e depois retornamos ao clube. Eles ficaram de nos visitar em Ilhabela em suas férias. Acho que o mais duro da nossa viagem são as despedidas.

 

13/10/2006

Após o café da manhã, saímos para fazer algumas coisas para podermos viajar. Rogério nos esperava e nos deu uma carona para comprar gás e tirar xerox de um guia da Paraíba que o Érico nos emprestou. Achamos facilmente o lugar para fazer isso perto do clube. Quando retornamos, levamos o barco para o píer e o abastecemos de água. Eudes, do Jazz II, veio fazer uma visita e conheceu o Fandango, onde batemos um bom papo sobre veleiros. Saímos com o Rogério e dois de seus filhos com o Fandango para testar o “Jarbas” e fazer um pequeno passeio dentro do rio. Jarbas se “recuperou” completamente graças ao “cuidados” do Rogério. Agora temos dois pilotos automáticos em boas condições! Fomos para o clube e eu fui com o Márcio no shopping fazer mercado. Ficamos quase duas horas lá e, no retorno, jantamos no Tess. A Ângela é uma excelente cozinheira e fez um camarão com curry inesquecível! Na mesa de navegação do Ken havia um teclado. Quando perguntamos quem tocava, Ken começou a tocar uma música de Tom Jobim e muito bem tocada! Escutamos um pouco e depois ele colocou um CD com músicas de Vinícius de Moraes. Infelizmente, o horário era avançado e o sono chegou para todos.

 

14/10/2006

Acordamos tarde e tomamos nosso café. Hoje tentaremos ir para Cabedelo, ao lado de João Pessoa na Paraíba. O Rogério ligou no rádio e descemos em terra para vê-lo. Ele e a Ana, sua esposa, nos trouxeram um grande pote de pasteis para a viagem! As crianças adoraram. Conversamos um pouco, agradecemos toda a força que ele nos deu e nos despedimos, combinando nos rever em Ilhabela daqui a um ano, quando ele irá viajar com a família de carro até o sul. Retornamos ao barco e aproveitamos para pegar o livro de visitas do Tess para deixar uma mensagem. Subimos e limpamos o motor, fizemos o mesmo com o bote, arrumamos tudo para não cair durante a viagem, soltamos a poita, levantamos nossa âncora, que estava bem suja depois de muitos dias no fundo do rio e fomos para o píer. Lá, tomamos um gostoso banho de piscina, despedimos dos amigos do Tess e tomamos sorvetes. Eram 15:10 hs quando deixávamos a linda e acolhedora cidade de Natal, saindo pelo rio Potengi em direção ao mar, com a expectativa de uma dura travessia, com provavelmente 20 horas motorando até Cabedelo e mar contra. Saímos pela barra e o mar não tinha muitas ondas. Estávamos com a mestra toda em cima e com o motor ligado, fazendo cerca de 4 nós de velocidade dessa forma, mas no rumo desejado. O vento estava na casa dos 12 nós quase na cara. Fomos costeando bem, entre 2 e 4 milhas da costa. Com as ondas e a orça apertada, estava muito desconfortável navegar. Junte-se a isso o calor que o motor provoca dentro da cabine e que nossas melhores camas são ao lado do compartimento do motor, posso dizer que navegávamos fazendo sauna em pleno nordeste. Depois de cinco horas desse jeito, achei que poderíamos tentar fazer algo diferente. Rizamos a mestra para diminuir as adernadas, abrimos toda a genoa e desligamos o motor. Nossa velocidade que, nessa hora eram 5,5 nós, caiu para 4,5 nós sem o motor. Em compensação, o barco começou a esfriar, as ondas embarcavam menos e ficou muito mais confortável a bordo, sem tantos choques e batidas com as ondas. Velejávamos bem e no rumo desejado. Anoiteceu e, durante a noite o vento aumentou um pouco, fazendo com que nossa velocidade aumentasse para cinco nós de média. Velejamos a noite toda e revi o fenômeno das grandes manchas de luz dentro da água bem perto da costa. A lua era crescente e só nasceria mais tarde. Enquanto isso, as estrelas cadentes davam um show no céu todo estrelado. Durante a noite tivemos de fazer um bordo de vinte minutos para fora, para nos afastar um pouco da costa e isso melhorou nosso andamento depois. Eu e o Márcio nos revezávamos nos turnos, enquanto as crianças dormiam.

 

15/10/2006

A noite transcorreu tranqüila e quando amanheceu já estávamos próximos ao nosso waypoint de entrada de Cabedelo. O vento havia folgado um pouco, mas mantínhamos a orça apertada. Chegando no nosso waypoint, pudemos folgar velas e girar em direção à entrada da barra. Ganhamos velocidade, o barco ficou pouco adernado e seguimos o rumo dos prédios de Cabedelo, que já víamos ao longe. Eram oito e pouco da manhã quando entrávamos pela barra e seguimos direto para Jacaré, mais ao fundo do rio Paraíba, onde fica o Iate Clube da Paraíba, pois a maré permitia. O rio é muito bonito e vimos várias praias de areia branca ao longo do caminho. Cerca de seis milhas depois da entrada da barra, chegamos em Jacaré e pegamos uma poita do clube. A travessia foi ótima! Esperávamos fazê-la em vinte horas a motor e acabamos fazendo em 17 horas, com 5 horas de motor e 12 velejando bem! Chamamos pelo rádio a Capitania dos Portos e informamos nossa chegada. Tentamos o contato com o Cavalo Marinho e com o Beduína, mas não conseguimos. Pouco depois, a Talita nos chamava pelo rádio e a Carol logo atendeu. Que bom rever os amigos! Vimos o Kanaloa, o Radum e outros barcos conhecidos. Infelizmente, nem todos estavam lá: o pessoal do Cavalo Marinho havia ido para São Paulo, o Valmir não estava no Radum e o Plânkton foi passar uma semana em outro lugar, mas retornará para cá. Tomamos nosso “café da manhã” diferente, preparado pelas crianças: miojo! Eu estava muito cansado e com vontade do danado do miojo. Todos aprovaram a idéia e logo as crianças o prepararam. Comi o meu com fatias de queijo e alho torrado picado em cima. Após o miojo, o Hugo veio buscar as crianças para brincar com a Talita e eu aproveitei para dormir quase três horas, mesmo com o calor que estava no barco. Após descansar bastante, montei o bote e coloquei o motor. O Márcio, que estava havia dormido também, acordou e descemos em terra. Conversamos com os amigos do Beduína um pouco e logo fui para a piscina. Estava deliciosa! Tomamos água de coco e logo chegou a Gislaine do Beduína. Fomos bater um papo com o gerente do clube e conseguimos uma vaga no píer. O Márcio me ajudou a buscar o barco e o colocamos na vaga. Tomamos um lanche e ficamos conversando com o Torres do Kanaloa e sua esposa, a Gislaine e depois o Hugo, enquanto as crianças brincavam com a Talita. Fomos convidados para jantar no Beduína e lá fomos nós. Comemos um ótimo macarrão e tomamos um gostoso vinho. Fomos procurar uma sorveteria, mas eram dez horas e já estava tudo fechado. Aproveitamos para conhecer um pouco o lugar: Jacaré é cheio de lojinhas de artesanato, restaurantes à beira do rio, que tocam o “Bolero de Ravel” ao pôr-do-sol e pequenos comércios. Tudo fecha cedo e só poderemos ver o lugar em funcionamento amanhã. Retornamos ao Beduína, onde comemos a sobremesa “coringa” de todo velejador: pêssegos em calda gelados! No meu próximo barco, vou ter uma geladeira e muitos painéis solares para mantê-la. Nos despedimos, agradecemos o jantar e retornamos ao Fandango, apenas atravessando o píer, sem ter que pegar o bote e molhar a “bunda” como sempre. Que bom estar num píer e poder rever as pessoas que aprendemos a gostar!

 

16/10/2006

Acordei eram sete horas e logo comecei a fazer meus diários dos últimos dias. Após nosso café da manhã, aproveitei para subir o bote e “adoçar” o motor (lavá-lo com água doce) para guardá-lo. O bote estava vazando um pouco e aproveitei para colá-lo novamente. Tomei um bom banho e, enquanto as crianças faziam suas obrigações, eu e o Márcio fomos comprar gelo num posto de gasolina que fica a um quilômetro do clube. Lá, descobrimos padaria, farmácia, restaurantes, lojas de conveniência, etc, num pequeno centro comercial. Ali perto também fica a praia de Intermares, que iremos conhecer outro dia. Voltamos ao clube e fomos todos para a piscina. Logo a Talita chegou (havia ido numa escola local) e as crianças começaram a brincar. Ficamos fazendo uma série de pequenas coisas e, após um almoço no barco, fomos tomar um sorvete perto do clube. Andamos pelo comércio, que estava aberto e ficamos vendo lojinhas. Paramos para tomar café numa cafeteria em frente a um dos restaurantes que tocam o Bolero de Ravel. Vimos o lindo pôr-do-sol e escutamos o músico, que vinha tocando o Bolero com saxofone, numa canoa no meio do rio (com um microfone sem fio ligando-o às caixas de som no restaurante), se aproximava do restaurante, subia da canoa no píer do restaurante, subia as escadas e se colocava num púlpito de frente para o sol. Achamos inicialmente que era gravação, mas percebemos que não era por causa da sincronia de seus movimentos quando descia da canoa e subia as escadas, exatamente nos intervalos da música. O lindo espetáculo se encerrava exatamente quando o sol desaparecia. Aplausos e, então, iniciou-se “Asa Branca” num ritmo de jazz. Quem vier à Paraíba, não perca o maravilhoso espetáculo, providenciado pela natureza e pelo bom músico. Retornamos ao barco, as crianças voltaram para a piscina e, enquanto eu via as condições para mudar o barco de lugar no píer, conhecemos a Beta, esposa do simpático comodoro Bernardo. Logo ele ligou e fomos convidados para jantar com eles. Chamei as crianças e fomos todos os velejadores que estão no local: o pessoal do Beduína, o Hélio e a Mara, que estão no Kaka-Maumau, o Torres e a Elisa do Kanaloa. Fomos em um pequeno restaurante que tem rodízio de camarão. Excelente, esse é o tipo do lugar que só o pessoal da região conhece e se come maravilhosamente bem. Empanado, ao coco, ao alho e óleo, na manteiga, bobó, na salada, etc., foram muitos tipos de camarão para se experimentar. Conversamos bastante sobre viagens, eles começaram a organizar um rally náutico até o Caribe (fomos convidados, mas acho que ainda não é nossa hora) e foi uma noite muito gostosa. Na volta, retornamos pela beira-mar e paramos na praia de Tambaú e passamos em barracas de artesanato. João Pessoa tem me surpreendido muito. É uma cidade muito bem estruturada, tranqüila, com muito espaço para crescer ainda, belíssima, com vento constante o ano todo e ótima estrutura náutica. Continuando a política atual de desenvolvimento da região e continuando-se a divulgação que tem sido feita, acho que em breve será um dos melhores pólos turísticos do nordeste. Tem tudo para isso, juntando-se, ainda, um povo extremamente simpático e acolhedor, desde o mais simples morador e comerciante, até as pessoas que comandam o estado. No barco, fiquei conversando com o Márcio, que concorda com as minhas impressões e fomos dormir quando o sono chegou. Pernilongos incomodaram um pouco e foi preciso colocar mata-insetos no barco.

 

17/10/2006

Acordamos tarde e quando acabamos de tomar café já eram dez horas da manhã. Peguei o computador e fui para a varanda do restaurante trabalhar nos diários, fotos e site, enquanto as crianças faziam seus diários. Ficamos nisso até perto da uma hora, quando fomos com o Hugo ver o estaleiro do Brian, que fica ao lado do clube. Ele está construindo um catamarã de 28 pés muito interessante lá. Laminado a vácuo e construído com Divinicel para se tornar leve, ele é muito espaçoso para um 28 pés. Resolvemos conhecer o centro histórico de Recife, mas como a fome já estava grande, almoçamos num restaurante perto do clube. Comida bem barata, mas gostosa. Íamos pegar o trem, mas ele passou exatamente na hora em que estávamos nos aproximando. Não conseguimos pegá-lo e resolvemos ir de ônibus, pois outro trem só daí à uma hora. Aproveitamos para fotografar alguns cavalos numas lagoas ao lado da estação, num lugar lindo. Pegamos o ônibus ao lado da estação de trens e, no caminho, pegamos um grande congestionamento. Demorou uma hora para chegarmos! Subimos uma ladeira e chegamos numa praça com igreja, de frente para o rio. Pegamos informações num centro turístico e seguimos para a Casa da Pólvora, lugar muito legal para fotografar quando o sol está quase se pondo, pois a luz incide diretamente pela grande porta para um salão com sombras. Fomos até a Igreja de São Francisco, mas ela estava fechando. Como saímos tarde e ainda perdemos muito tempo no congestionamento, não conseguimos fazer muitas coisas. Descemos para uma grande lagoa no centro da cidade, onde os ônibus circulam. Havia muita gente, mas encontramos as tapiocas que estávamos querendo comer. Detalhe: três tapiocas por um real! Comemos várias tapiocas e tomamos refrigerantes no meio do povo passando para pegar ônibus. Procuramos um café e não encontramos. Então, resolvemos voltar ao clube, pois as crianças estavam muito ansiosas para brincarem com a Talita. Pegamos o ônibus novamente e novamente outro congestionamento! Demoramos mais uma hora para chegar ao clube. O ônibus nos deixou um pouco longe e, enquanto andávamos, encontramos o Hugo, Gi e Talita. As crianças quiseram ir com eles na videolocadora, enquanto eu e o Márcio fomos ver se o café ainda estava aberto. Por sorte, ainda estava e conseguimos tomar um delicioso café. Voltamos ao clube e eu aproveitei para trabalhar novamente. Acabei meus diários e organizei nossas fotos. Enquanto eu fazia isso, a Gislaine apareceu com uma tapioca de banana e queijo, deliciosa e que caiu redondinha!!! Fui para o barco deles quando acabei minhas coisas e ficamos conversando com o Torres e a Elisa lá. Retornamos ao barco, onde os pernilongos incomodaram de novo. Pernilongos e trânsito, as únicas coisas que não gostei por enquanto em João Pessoa!

 

18/10/2006

Seis horas da manhã eu já estava de pé. Aqui amanhece às cinco horas da manhã, por estar João Pessoa mais a leste e, conseqüentemente, receber as luzes do sol mais cedo do que as cidades a oeste. Comecei a atualizar as fotos dos diários e quando eram oito horas já tinha várias fotos colocadas. Tomamos o café e saímos cedo para Tambaú. Erramos o lugar de descida e acabamos indo e voltando no mesmo ônibus. Descemos em Tambaú e andamos um pouco pela beira-mar. A praia é bonita e, após um hotel que fica no meio da praia, pudemos ver ao longe as falésias do Cabo Branco, o lugar mais oriental do Brasil, onde iremos passear outro dia. Passamos numa agência de turismo e o Márcio marcou o avião para a noite de hoje. Seguimos passeando pelas lojas de artesanato e, quando bateu a fome, fomos procurar um restaurante. Não achávamos nada que fosse do agrado de todos e perguntamos se o Mangai era perto. Resposta positiva, seguimos procurando o restaurante seguindo as informações que nos deram: ficava a 70 metros do Mac Donald’s. Fomos até o Mac Donald’s e lá nos disseram que o restaurante ficava a umas cinco quadras do Mac Donald’s. Bem, fomos seguindo com fome e não muita paciência as mais de dez quadras até chegar no Mangai! Bem, valeu a pena. Logo tomávamos um delicioso e gelado suco de graviola, com muita comida típica ótima. Este, que é o restaurante que o Jonas mais gostou na viagem, é uma pedida sempre certa. Depois de um almoço e tanto, tiramos fotos lá e fomos às compras. Passamos num grande shopping de artesanato, muito organizado e com muitas coisas bonitas e depois fomos comprar camarões, mangas e outras coisas para o jantar (o Márcio vai fazer o jantar no Beduína e eu a sobremesa). Ficamos esperando o ônibus para voltar e o pegamos cheio. Descemos em Intermares, compramos mais algumas coisas que faltavam e pegamos um táxi para o clube. Lá, pedi para a Gislaine um pedaço de tule e coloquei em todas as vigias e gaiutas do Fandas. Coloquei mata-insetos e fechei o barco. Ficamos no Beduína conversando com o Hugo, Gi, Torres e Elisa até sair o jantar: camarão flambado com macarrão ao molho rose! Estava ótimo! Após o jantar, fui até o Fandango e cortei as mangas. Levei para o Beduína e fiz as mangas flambadas. Uma pena foi termos esquecido o sorvete de creme. Todos comeram e gostaram. O horário já ia avançado e o Márcio foi arrumar as coisas dele. Uma gatinha do clube, a Frida, que está para ter filhotes, começou a seguir a todos no clube, querendo entrar nos barcos. Só sossegou um pouco quando o Torres arrumou uma caixinha com um pano para ela. Pouco depois da meia-noite, ficamos esperando o táxi com ele, conversando. Quando o táxi chegou, nos despedimos do grande amigo e ótimo companheiro de viagem, que nos acompanhou nas últimas 550 milhas navegadas e quatro cidades visitadas. Voltamos ao barco um pouco tristes e logo fomos dormir.

 

19/10/2006

Acordamos tarde e fiz o nosso café da manhã com a goma de tapioca que comprei no dia anterior. Comemos três tapiocas cada um! Fizemos nossos diários e eu comecei a subir para o site algumas fotos atrasadas do diário. As crianças ficaram preocupadas, pois a Frida havia sumido. Algum tempo depois ela apareceu “magrinha”. A Talita chegou da escola e as crianças começaram a procurar o ninho da Frida. Procuraram um tempão, mas o acharam: na casa do motor do guincho, num lugar muito sujo. A Gi fez uma caixinha para ela e forrou com pedaços de meu velho travesseiro. Os filhotes foram transferidos (ela deixa todos nós tocarmos neles!) e a caixa colocada num lugar mais protegido. As crianças terão muita diversão com os filhotes nos próximos dias! Encontramos o Rodrigo, do Cavalo Marinho, que retornou de São Paulo. O Jonas ficou chateado que o Nick não veio, mas está brincando muito bem com a Talita e a Carol. Fiz o almoço no barco: miojo e salada de milho verde, a pedido das crianças. Fiquei a tarde toda trabalhando e conversei um pouco com o Rodrigo. No final da tarde, fui ver e fotografar o pôr-do-sol fantástico que há em Jacaré, com direito a tudo, inclusive o Bolero de Ravel. Após o lindo espetáculo, fomos tomar um sorvete com a Talita e tomei um café com um pastel de Belém na cafeteria de frente para o Rio. Dei um livro que já havia lido para o Hugo e ficamos conversando um bocado de tempo no Beduína, com o Rodrigo, Torres, Elisa e os argentinos do Huayra. Dez horas da noite fomos todos para nossos barcos. Fizemos uma sopa para o jantar e comecei a ler para as crianças o livro “Capitães de Areia”, de Jorge Amado, que ganhamos do Antonio e da Rô.

 

20/10/2006

Acordei com a Talita vindo nos trazer pães. A sempre atenciosa Gislaine havia ido até a padaria de bicicleta e nos trouxe pães frescos. As crianças acordaram logo, contentes de a Talita não haver ido para a escola. Tomamos nosso café e eles foram logo para a piscina brincar. O Jonas acabou de fazer uma bela escuna para a Talita e lhe deu o nome de “Horizonte”, em homenagem à escuna do Antonio. Eu fui para a varanda do restaurante e fiquei atualizando mais fotos nos diários. Ficamos nessas atividades a manhã toda. Ajudei o Rodrigo a levar as coisas para o Cavalo Marinho e retornei para o trabalho. Quando cansei, fui para a piscina com as crianças e aproveitamos bastante lá. Almoçamos tapiocas no barco e fiz uma tapioca de dois queijos, que as crianças gostaram muito. Enquanto almoçávamos, jornalistas da Globo faziam uma reportagem com a tripulação do Beduína. Assim que eles acabaram a matéria, o Hugo e a Gi levaram o barco para a rampa, para tirá-lo da água para fazer o fundo. A quilha do Beduína enroscou no cabo de amarração do Huayra e eu peguei o bote do Rodrigo para dar uma mão. Removido o barco da água, dei uma força para raspar logo as cracas. Se demorar para raspar, elas vão endurecendo e o trabalho quintuplica. Em duas horas raspamos o fundo todo e ainda conseguimos passar palha de aço em um casco. Quando anoiteceu e não dava para trabalhar mais, fomos todos tomar uma ducha na piscina e depois cair na água. Lá, fiquei conversando com o Hugo e ele nos contou um pouco de sua infância. Tomamos nosso banho e ficamos esperando o churrasco com “Chori-Pan” (não sei se a grafia é essa) que o Henrique do Huayra iria fazer. Ficamos conversando sobre mar, contando histórias náuticas (com as quais aprendemos muito só de ouvir), comendo carnes (o “Chori-Pan” é nosso pão com lingüiça), bebendo cervejas e refrigerantes até uma hora da manhã! Das histórias que escutei, algumas não podem ser esquecidas: o primeiro barco do Hugo, a primeira regata do Hugo, a ida de Santos para Parati do Cavalo Marinho com um skipper contratado, o apuro do Torres em Itaparica, com o vento empurrando-o para as pedras. Contamos a história do primeiro charter do Márcio e nossa “ancoragem” em Jurumirim com a âncora Fortress. Falei para eles que essas histórias todas tinham que ser escritas, para serem divulgadas e não serem esquecidas. No barco, mesmo com o horário avançado, ainda li um pouco do “Capitães da Areia” para as crianças.

 

21/10/2006

Logo que levantei fui até o Beduína e dei uma mão para acabar de lavar os cascos do barco. Retornei ao Fandas e fiz o café da manhã para as crianças. Enquanto as crianças brincavam, continuamos a trabalhar no Beduína, até que apareceu o Brian, dono do estaleiro. Aproveitei e chamei o Jonas, para mostrar-lhe os barcos que estavam lá. Vimos o Jacaré 28, catamarã que o Brian está fazendo ali, uma escuna de madeira que está sendo construída e outros barcos oceânicos que estão fora da água. O Jonas adorou, pois viu divinicel de perto e grande parte de processos construtivos diferente, com moldes de barcos de fibra e construção em madeira. Voltamos ao trabalho e no começo da tarde o Beduína já estava todo lavado, precisando secar para começar o trabalho de massa e pintura. Fomos todos almoçar no Maria Bonita, ao lado do clube. Lá, conhecemos o Cláudio, representante da North Sails de João Pessoa. Após o almoço, tomamos um gostoso café com pasteis de Belém. Aproveitei a tarde e bati mais fotos do pôr-do-sol sempre lindo da região e do músico tocando Bolero de Ravel. Um pequeno veleiro ainda deu um show, cruzando nosso pôr-do-sol, deixando-o mais belo. Fiquei curtindo o espetáculo, do qual não canso, e voltei ao clube para um banho. Conversamos um pouco e resolvemos jantar. Apenas uma barraca ainda estava aberta, que fazia tapiocas. Fomos direto lá e eu comi uma deliciosa tapioca de queijo e charque, encerrando com uma tapioca de cartola (banana, canela, chocolate, açúcar e queijo)! Estavam ótimas e até quem estava falando de ir comer queijo em outro lugar, acabou comendo as tapiocas. Voltamos ao barco e ainda li um pouco de “Capitães da Areia” para as crianças.

 

22/10/2006

Trabalhei nos diários desde cedo, colocando novas fotos e transmitindo-as para o site. Quando a maré chegou no estofo de cheia, ajudei o Rodrigo a trazer o Cavalo Marinho para uma vaga no píer e mudamos o Fandango para uma vaga ao lado do Cavalo Marinho. As crianças brincaram o dia todo na piscina e no clube. Quando anoiteceu, fomos para o restaurante Maria Bonita e jantamos lá. No meio do jantar o Rodrigo saiu para ver os barcos e viu que a correnteza estava empurrando-os para o lado oposto ao que esperávamos, prensando o Fandango na ponta do píer. Tentamos arrumar os cabos, mas só conseguimos quando o Hugo e um marinheiro chegaram para nos ajudar. Colocamos os barcos bem retos com a correnteza e acabou o problema. Um dos barcos, que estava um pouco inclinado em relação à correnteza, havia causado todo problema. Durante nossa manobra, o Valmir e Mariana do Radum chegaram! Cumprimentamos os amigos e conversamos com eles um pouco, contando as novidades. Dormimos cedo, para aproveitar o dia amanhã.

 

23/10/2006

Acordei com chuva! Puxa, também chove por aqui!!! Havíamos planejado ir para Areia Vermelha, mas o tempo chuvoso nos fez mudar de idéia. Deixei as crianças dormirem um pouco mais e depois fizemos nosso café. Logo cedo, encontramos o Fabinho e Cecília do Plânkton, que chegaram para visitar a todos. Vieram de carro e deixaram o Plânkton na praia onde estão, um lugar que dizem ser muito bonito. Conversamos bastante, contando as novidades recíprocas. O carro que tinham contratado para trazê-los, desistiu de esperá-los e quis aumentar o preço combinado. Resultado: mandaram o carro embora e resolveram ir embora no dia seguinte. Fui ao mercado, aproveitando a carona com o Valmir e a Mariana e, comprei tudo o que precisava para o Fandango, que estava com o estoque de tudo baixo. Acabei logo de fazer as compras, conversei com o Valmir e a Mariana e resolvemos fazer um churrasco à noite, para comemorar o encontro de todos. Comprei tudo o que precisávamos e fomos para o clube tarde. Ao procurar as crianças, que haviam ficado para brincar com a Talita, soube que estavam no restaurante. Fui até lá e fiquei batendo um papo com o pessoal enquanto almoçavam. Saímos e fomos tomar um café na nossa cafeteria preferida de Jacaré, com direito a pastel de Belém e bolo de macaxeira. Retornando ao clube, passamos no Beduína, que já está adiantado. Logo começamos a preparar o churrasco: Cecília fazia a salada, Mariana fazia pães com molho de alho e eu fui para a churrasqueira. Logo começaram a chegar todos: Valmir e Mariana do Radum, Torres e Elisa do Kanaloa, Fabinho e Cecília do Plânkton, Gislaine, Hugo e Talita do Beduína e Rodrigo do Cavalo Marinho. O Fabinho brincou um pouco com o Jonas com o barquinho “cucaracha”, se surpreendendo com o barquinho. Tivemos muitas horas de boa comida, bebida, várias histórias, piadas e adivinhações. Um certo momento me bateu saudades: quando iremos reunir novamente um grupo de amigos tão especiais e unidos, num lugar tão bonito e todos tão bem? Temos que aproveitar cada segundo, porque ele não volta! Encerrado o churrasco, fiamos muito tempo ainda conversando. Fui tomar meu merecido banho, pois eu estava “defumado” da churrasqueira e as pessoas começaram a se retirar, devido ao horário avançado. Vi um livro que deveria devolver ao Valmir e dei um pulo até o Radum. Resultado: fiquei conversando até as duas e meia da “madruga” com o Valmir e o Rodrigo. Valmir está voltando para São Paulo e para o trabalho em novembro. Estará trabalhando com o objetivo especifico de criar condições financeiras para uma viagem mais longa. É assim que acontece: quem provou do “melado”, não se contenta com menos. Estarei fazendo o mesmo a partir do começo do ano que vem.

 

24/10/2006

Acordamos sete e meia da manhã para aproveitar a maré baixa e conhecer recifes de corais chamados Picãozinho. Tomamos nosso café da manhã, pegamos as máscaras e ficamos esperando o Valmir e a Mariana. Quando estávamos quase saindo, chegou a vela do Radum, que o Valmir tinha mandado arrumar com o Cláudio! Eles colocaram a vela no barco e houve um problema com a adriça dela. Tiveram que resolver logo o problema e, com isso tudo, perdemos o horário da maré. Mas não faz mal: haverá outros dias para conhecer Picãozinho e hoje podemos ir em outros lugares! Soubemos os filhotes da Frida sumiram. As crianças ficaram tristes e a Talita chorou. Aproveitávamos para escrever os livros de visitas do Plânkton e do Cavalo Marinho, que se animaram com o nosso livro e também criaram registros dos amigos que encontraram. Tivemos a honra de abrir o livro do Plânkton! Nos despedimos do Fabinho e da Cecília, que iam voltar ao Plânkton para começar a retornar para Parati e saímos de carona com o Valmir e a Mariana em direção sul, logo chegando ao Cabo Branco. Esse cabo é o ponto mais oriental das Américas. A vista é bela e, na água clara, vemos muitos recifes em toda orla do cabo. Lá, tomamos o “coco mais oriental das Américas”, interessante propaganda que um divertido vendedor de cocos usou. Fotografamos um pouco e seguimos para a praia do Seixas, que fica ao lado do Cabo Branco. A praia é muito bonita e lá tomamos um banho de mar. A água é bastante quente, mas nos pés estava um pouco mais fria. Pedimos uma cerveja no barzinho de praia mais próximo e aproveitamos para apresentar a Mariana ao “arrumadinho”, um dos nossos pratos nordestinos preferidos. Após banho de mar, cerveja e “beliscos”, seguimos viagem mais para o sul. Fomos seguindo sem destino e, de repente, abriu entre a vegetação que beirava a estrada à nossa esquerda, um pouco de mar e praia. Mesmo sem placas, resolvemos sair e conhecer o lugar. Fomos andando por uma estrada de terra ruim e logo chegamos em vários barzinhos de praias, todos construídos com madeira e sapê. Uma placa de “Venha ver o caranguejo amestrado” chamava a atenção. O lugar era maravilhoso!!! Com certeza uma das praias mais bonitas que vimos! Um rio desaguava no mar, criando um banco de areia na frente, onde jangadeiros jogavam suas tarrafas na enchente, aproveitando os peixes que entravam para o rio. Para o sul, a praia se estendia até algumas falésias que víamos ao longe. Para o norte, a ponta de praia criada pela areia do rio e mais praias. O rio era calmo e várias casinhas e barzinhos de sapê circundavam suas margens! Me lembrou muito Trancoso. Vimos o tal “caranguejo amestrado”, que era um grande guaiamu azul, que podíamos pegar com as mãos. Todos pegamos e fotografamos o bichinho, atração turística local. Logo fomos para a água e o Valmir, Mariana e Carol descobriram uma diversão diferente: pulavam na entrada da barra do rio, que enchia rapidamente e iam flutuando rio adentro, rapidamente com a forte correnteza, até parar no banco de areia mais adiante. Gostei da brincadeira e fiz o mesmo diversas vezes. O Valmir e a Mariana atravessaram o rio, mesmo com a fortíssima correnteza, e chegaram na outra margem, onde passearam um pouco e viram os pescadores em ação. Quando voltaram, nossa comida já estava pronta: um charque com macaxeira, que estava com muita gordura, e um “frango ao molho”, que pensávamos ser algo diferente, mas que eu já havia comido muito em minha vida, com o nome de “frango ensopado”. Curtimos demais esse lugar, que não tinha ninguém na terça-feira, mas que fica bem cheio nos finais de semana. Esse paraíso fica a treze quilômetros da entrada de João Pessoa, que cada vez me surpreende mais com suas belezas. Voltamos ao clube pensando em ver o Bolero de Ravel, que a Mariana ainda não viu, mas chegamos atrasados, já na terceira música da sempre mesma seqüência musical tocada. Encontramos o resto do pessoal e combinamos comer pastéis. Alguns demoraram para se arrumar e, quando chegamos às barracas do Jacaré, não havia mais nada aberto. Resolvemos andar até a avenida e jantamos numa boa e barata pizzaria, perto da praia de Intermares, com o Rodrigo, Torres, Elisa, Hugo, Talita e Gi. Retornamos ao clube, onde tomamos banho e fomos dormir muito cansados. As crianças apagaram logo e aproveitei para ler um pouco do livro do Érico de Natal “Dez Mil Milhas de um Capitão Amador”. Nada do que planejamos fazer hoje deu certo, mas em compensação, tudo aconteceu maravilhosamente bem!